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O impacto da tecnologia nas nossas vidas nunca foi tão visível, nem tão ambíguo. De um lado, a inteligência artificial ajuda um casal a realizar o sonho de ter um filho, de outro, é usada para criar conteúdos desumanizantes e ofensivos nas redes. Enquanto isso, cresce a judicialização de plataformas digitais e a influência da IA até mesmo na escrita científica. Nesta edição, reunimos quatro histórias que mostram como inovação, ética e direitos estão cada vez mais entrelaçados e em disputa.

Suspensão de contas profissionais lidera reclamações contra redes sociais

A principal queixa de usuários contra redes sociais no Brasil é a suspensão de contas com finalidade profissional, segundo pesquisa do Instituto Iris. O levantamento, que analisou 191 decisões judiciais em cinco estados, revela que 94,8% das ações tratam de contas suspensas, sendo 80,1% delas usadas para fins profissionais. Em 84,8% dos casos, a Justiça determinou o restabelecimento das contas, destacando a falta de transparência das plataformas. Leia Mais

Inteligência artificial já aparece em 1 a cada 7 artigos científicos

Um estudo publicado na Science Advances analisou milhões de resumos de artigos biomédicos do PubMed para detectar mudanças no uso da linguagem após o lançamento de modelos de linguagem como o ChatGPT. Usando uma abordagem comparativa inspirada em estudos sobre a COVID-19, os pesquisadores observaram que, após 2022, houve uma mudança no excesso de palavras técnicas para termos mais estilizados, como showcasing e pivotal. Antes de 2024, 79,2% das palavras em excesso eram substantivos; em 2024, 66% passaram a ser verbos e 14% adjetivos. Leia Mais

Desumanização digital

Perfis em redes sociais têm usado imagens geradas por inteligência artificial para simular mulheres com síndrome de Down em contextos sexualizados, como forma de atrair engajamento e direcionar usuários a plataformas pagas como o OnlyFans. Especialistas alertam para a erotização de características infantis e capacitistas, a reprodução de fantasias de dominação e a desumanização de pessoas com deficiência. Embora ainda faltem leis específicas sobre o uso de deepfakes com feições que simulam condições como a síndrome de Down, juristas destacam que a prática pode configurar discurso de ódio, discriminação, violência simbólica e até dano moral coletivo. A discussão envolve também privacidade, proteção de dados biométricos e a urgência de educação digital para lidar com o avanço da IA de forma responsável. Leia Mais

IA que ajuda

Após quase duas décadas tentando engravidar, um casal conseguiu realizar o sonho com a ajuda da inteligência artificial. O caso aconteceu no Columbia University Fertility Center, em Nova York, com o uso pioneiro do método STAR, sigla para Sperm Tracking and Recovery (Rastreamento e Recuperação de Espermatozoides). A tecnologia combina visão computacional, câmera de alta velocidade e algoritmos avançados para escanear amostras de sêmen em busca de espermatozoides invisíveis a olho nu. Em minutos, o sistema analisa milhões de imagens microscópicas, identificando células que embriologistas experientes não conseguiriam detectar. No caso do casal, foram encontrados apenas três espermatozoides, o suficiente para permitir uma fertilização in vitro bem-sucedida. Leia Mais

Por hoje é “só”.

Abraços,
Equipe Torabit

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Torabit

Publicado no dia 7 de julho de 2025