Na edição de hoje, vamos do impacto de um simples detox de redes à velocidade com que consumimos conteúdo, passando pelos efeitos da inteligência artificial no mercado de trabalho e pela sensação de “vício” em aplicativos, reunimos pesquisas que ajudam a entender como a tecnologia influencia, e por vezes distorce, o nosso dia a dia. Boa leitura!
Detox de redes por uma semana
Um estudo realizado por Harvard e pela Universidade de Bath revelou que reduzir o uso de redes sociais para menos de 30 minutos por dia, durante apenas uma semana, já pode diminuir sintomas de ansiedade, depressão e insônia entre jovens de 18 a 24 anos. Os participantes precisaram limitar o uso de plataformas como Instagram, TikTok, Snapchat, Facebook e X, e, mesmo com dificuldades de aderência total, apresentaram quedas médias de 24,8% nos sinais de depressão, 16,1% na ansiedade e 14,5% na insônia. Embora promissor, o estudo alerta que os efeitos variam entre indivíduos e não se sabe por quanto tempo duram, o que indica que benefícios mais sólidos podem exigir intervenções mais longas. Leia mais.
Speed watching
Speed watching é o hábito de acelerar vídeos, áudios e podcasts e virou prática comum em um cotidiano marcado pela pressa e pela “necessidade” de dar conta de todos os conteúdos do momento. Impulsionado pela sensação de urgência social, o comportamento transforma o quer seria consumo cultural em tarefa produtiva, estendendo-se de mensagens de WhatsApp a filmes, séries e podcasts. Especialistas alertam que o uso constante de velocidades de 1,25× ou 1,5× pode prejudicar atenção, concentração e processamento da informação, especialmente entre jovens, além de alimentar frustração, ansiedade e a busca compulsiva por novos estímulos. Leia mais.
IA e empregos nos EUA
Um novo estudo do MIT aponta que a inteligência artificial já é capaz de realizar tarefas equivalentes às de 11,7% do mercado de trabalho dos EUA, o que representa US$ 1,2 trilhão em salários potencialmente expostos à automação. O impacto aparece sobretudo em funções rotineiras de finanças, RH, logística, administração e serviços profissionais. A análise usa o Iceberg Index, um “gêmeo digital” do mercado de trabalho que simula como habilidades e ocupações são afetadas pela IA e permite aos estados americanos testar políticas de requalificação e adoção tecnológica antes que mudanças cheguem à economia real. Embora setores físicos como manufatura e transporte estejam mais protegidos no curto prazo, o estudo indica que os efeitos da IA se espalham por todos os 50 estados, inclusive regiões rurais. Leia mais.
“Vício” no Instagram
Um estudo publicado no Scientific Reports mostra que a maioria dos usuários acredita estar “viciada” no Instagram, mas apenas 2% apresentam sintomas compatíveis com dependência clínica. A pesquisa revela que grande parte das pessoas confunde hábito automático com vício real, e que só adotar esse rótulo já piora a relação com o app, reduz a sensação de controle, aumenta a culpa e faz o usuário acreditar que precisa mudar o comportamento, mesmo sem evidência clínica. Os autores reforçam que hábitos são muito mais comuns (presentes em 35% dos participantes) e muito mais fáceis de alterar, enquanto o discurso do “vício” pode criar um problema que não existe. Leia mais.
Por hoje é “só”.
Abraços
Equipe Torabit
Publicado no dia 1 de dezembro de 2025